Raio-X: o que é e como funciona

O físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen descobriu no fim do século XIX, durante experimentos com tubos de raios x, uma substância fluorescente próxima ao tubo que emitia luz mesmo quando o equipamento estava coberto por um material opaco.

A partir dessa observação, ele concluiu que se tratava de um tipo de radiação invisível e, por ainda ser desconhecida, a nomeou de raios-X.

Conhecido também por radiografia ou exame de imagem, revolucionou os diagnósticos com exames não invasivos. Ver a estrutura interna do corpo humano foi tão significativo por dispensar cortes e incisões, que a partir dele foram criadas outras formas de exames por imagem, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.

O raio x é simples, seguro, e com poucas contraindicações. Ele usa radiação ionizante com radiação em baixas doses de forma indolor e identifica alterações de órgãos e ossos. Apesar disso, ele é considerado um exame de baixo custo, o que permite seu uso em emergências médicas, terapia intensiva de hospitais e investigação de doenças.

Ele pode funcionar de duas maneiras:

  • Analógico: registra a imagem em um filme radiográfico, por meio de reações químicas provocadas pela radiação em contato com partículas de prata no material.
  • Digital: transmite as informações direto para o computador, dispensando revelação e uso de produtos químicos.

Para que serve o raio-x

O exame de raio-X é utilizado para avaliar diferentes partes do corpo e auxiliar no diagnóstico de diversas condições. Ele pode identificar desde fraturas e luxações até alterações na musculatura, presença de líquidos nos pulmões, obstruções intestinais e sinais de doenças como pneumonia ou tuberculose.

Além dos aparelhos convencionais, que detectam problemas como artrose, hérnia de disco, sinusite, calcificações, entupimento de artérias, aumento do coração e tumores, existem equipamentos específicos, como o mamógrafo, fundamental no rastreamento do câncer de mama, e o DXA, usado na densitometria óssea.

O raio-X pode ser solicitado para confirmar ou descartar uma suspeita médica, ou ainda como parte de um diagnóstico precoce. A partir desses exames, o médico consegue avaliar com maior precisão a situação do paciente, e o resultante é um tratamento mais rápido e eficaz. Além disso, contribui para a prevenção de complicações futuras.

Como o raio x é feito

O procedimento começa com o posicionamento do paciente que pode ser deitado em uma maca ou em pé, conforme a área que será analisada, como tórax, face, coluna ou outros membros. Durante o exame, é fundamental permanecer imóvel para garantir a nitidez das imagens.

O aparelho então emite um feixe de raios x, invisível a olho nu, que atravessa o corpo em diferentes velocidades de acordo com a densidade dos tecidos. Parte dessa radiação é absorvida pelas estruturas internas e o restante atinge uma placa sensível, formando a imagem radiográfica.

Na radiografia, os ossos, por serem mais densos, aparecem claros. Já os órgãos como pulmões e coração surgem em tons de cinza; e o ar, por ter densidade muito baixa, é registrado em preto. Essa variação de cores e contrastes permite ao médico observar alterações e fechar um diagnóstico com precisão.

A preparação para o exame de raios x é, na maioria dos casos, como exames de face, braços, pernas e tórax, não há necessidade de jejum ou restrições alimentares, sendo suficiente remover objetos metálicos antes do procedimento.

Para exames com contraste, pode ser necessário jejum de algumas horas para reduzir riscos de reações adversas. No caso do raio-X abdominal, pode ser indicado o uso de laxantes para limpar o intestino e facilitar a visualização das estruturas.

Quando o raio-x é indicado

O exame pode ser solicitado para diferentes finalidades, como:

  • Detectar fraturas e infecções nos ossos;
  • Avaliar alterações em tecidos moles, incluindo pulmões e trato gastro esofágico;
  • Investigar suspeita de câncer ou artrite;
  • Analisar o formato e o tamanho do coração;
  • Visualizar vasos sanguíneos;
  • Verificar a recuperação após cirurgias;
  • Confirmar a posição de marca-passos, sondas ou cateteres;
  • Identificar calcificações, corpos estranhos e problemas odontológicos.

Quais são os tipos de raios-x

Sua aplicação leva em conta os benefícios para o paciente, já que envolve exposição a pequenas quantidades de radiação ionizante. Os aparelhos mais modernos permitem ajustar a intensidade que os raios x têm, reduzindo o impacto acumulativo da radiação eletromagnética e minimizando riscos, como o desenvolvimento de câncer.

Em muitos casos, os benefícios para o diagnóstico e tratamento superam as desvantagens, tornando o exame um recurso essencial na medicina. Veja os tipos mais comuns e suas finalidades:

  • Raio-X de tórax: Usado para avaliar o coração, pulmões e ossos da caixa torácica, como costelas e esterno. É indicado na investigação de doenças respiratórias, cardíacas ou suspeitas de fraturas nessa área.
  • Raio-X da coluna: Abrange toda a extensão da coluna ou áreas específicas, como a cervical, torácica, lombar e lombossacra. Auxilia no diagnóstico de hérnia de disco, escoliose, lordose, fraturas e alterações degenerativas.
  • Raio-X do pulmão: Importante para detectar infecções como pneumonia e tuberculose, além de ajudar na avaliação de outras doenças pulmonares crônicas.
  • Raio-X do crânio: Permite visualizar estruturas ósseas da cabeça, possibilitando identificar fraturas, malformações, inflamações e tumores.
  • Raio-X dos seios da face: Produz imagens internas da face, evidenciando os seios paranasais (cavidades de ar no crânio ligadas ao nariz). É usado para investigar sinusite, desvio de septo, pólipos e tumores.
  • Raio-X do abdome: Usado para identificar obstruções intestinais, cálculos renais e alterações em órgãos internos. Em alguns casos, utiliza contraste para melhorar a visualização das estruturas.
  • Raio-X de membros inferiores: Focado em joelhos, pernas e pés, ajuda a detectar fraturas, luxações, inflamações e calcificações.
  • Raio-X de membros superiores: Abrange ombros, braços, antebraços e mãos, avaliando traumas, lesões musculares e problemas articulares.

Outros tipos relevantes

  • Exame de Raio-X panorâmico: Também chamado de ortopantomografia, é comum na odontologia para examinar dentes, maxilares e articulações temporomandibulares. Auxilia no planejamento de tratamentos, identificando fraturas, infecções e alterações ósseas.
  • Exame de Raio-X dos seios da face (detalhado): Além de detectar sinusite e desvio de septo, o exame é utilizado antes e depois de procedimentos cirúrgicos na região facial para acompanhamento e avaliação.

Quem deve evitar o exame

A radiografia, por trabalhar com doses baixas de radiação, é considerada segura e geralmente não apresenta contraindicações absolutas. Ainda assim, gestantes e pacientes com condições delicadas devem sempre informar o médico para avaliar a necessidade e segurança do exame.

Exames que complementam o raio-X

Veja os exames que ajudam no disagnóstico junto com o raio-X

  • Ressonância magnética: não utiliza radiação e oferece imagens detalhadas em 3D, excelente para tecidos moles.
  • Tomografia computadorizada: combina raios-X e processamento por computador que geram imagens precisas e detalhadas de órgãos internos.
  • Ultrassonografia: é feita por ondas sonoras para criar imagens em tempo real, sendo útil para diversos diagnósticos sem exposição à radiação.

Aqui no Centro de Coluna contamos com equipamentos modernos e profissionais qualificados para realizar seu exame de raio-X com máxima segurança e precisão.

Nosso objetivo é oferecer diagnósticos rápidos e confiáveis, garantindo o melhor cuidado para a sua saúde. Cada exame é feito com atenção aos detalhes e com protocolos que priorizam sua proteção, proporcionando tranquilidade durante todo o processo.

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